Território do Alto Minho
Enquadramento Geográfico
O território do Alto Minho situa-se na Região Norte de Portugal, limitando a Norte e a Nascente com a Galiza, a Sul com o Distrito de Braga e a Poente com o Oceano Atlântico. Possui uma área de 2 255 km² (sendo o menor – 18.º – distrito português) e uma população residente de 250 390 habitantes (2009).
A região do Alto Minho é constituída pelo território dos seguintes 10 Concelhos: Arcos de Valdevez, Caminha, Melgaço, Monção, Paredes de Coura, Ponte da Barca, Ponte de Lima, Valença, Viana do Castelo e Vila Nova de Cerveira.
Em termos geográficos, o Alto Minho não tem uma equidade regional, pelo que os fortes contrastes naturais condicionaram a capacidade de uso dos solos e, consequentemente, influenciaram as diferentes aptidões dos espaços, pelo que determinaram, a ocupação e distribuição humana. A região é então marcada pela oposição entre relevos elevados que culminam em planaltos descontínuos, e vales profundos mas largos de fundo aplanado.
Os solos dos amplos vales dos rios Minho e Lima caracterizam-se pela elevada espessura e fertilidade, pelo que lhes confere uma grande aptidão agrícola, sendo usados desde tempos remotos para a exploração de uma grande diversidade de culturas agrícolas. Por outro lado, nas zonas mais altas das serras da Peneda, Soajo, Amarela e Arga, bem como no Planalto de Castro Laboreiro, os solos são geralmente delgados e pobres, de fraca aptidão agrícola, frequentemente sujeitos a fortes fenómenos erosivos, pelo que dominam os afloramentos rochosos.
Clima
O clima da região é influenciado pela proximidade do oceano, pela orografia do território e pela ocupação florestal do solo, onde as cadeias montanhosas impedem a penetração das massas de ar húmido, e pela altitude de determinadas zonas que gera situações climáticas mais agrestes. A proximidade oceânica faz com que o clima seja mais temperado.
As frentes atlânticas trazem ar temperado e carregado de humidade e no litoral as temperaturas oscilam entre os 8º-10º no Inverno e os 20º-25ºno Verão.
Em termos térmicos destacam-se três situações distintas:
Ocupação Florestal
A vegetação supõe um elemento estrutural de primeira ordem no que toca a determinar as características espaciais dos ecossistemas ao mesmo tempo que condiciona definitivamente a fauna e a estrutura da paisagem. A cobertura vegetal é o resultado da combinação de aspectos geomorfológicos, do tipo de solos e da geologia, dos declives e dos usos históricos do espaço florestal, entre os quais se devem destacar os incêndios florestais, com a consequente perda de cobertura vegetal.
Grande parte da actual cobertura vegetal é a consequência das plantações com resinosas (Pinheiro-bravo) efectuadas nos princípios do século XX, mediante a implementação do Plano de Povoamento Florestal, o qual veio a contribuir para uma grande alteração da paisagem, bem como dos usos e costumes das comunidades rurais.
A vegetação potencial é da Região Eurosiberiana, dominada por árvores caducifólias mesófilas, como o Carvalho-alvarinho, o Vidoeiro, a Faia e o Freixo. Nas zonas de transição entre esta região e a Mediterrânica, constata-se a presença de espécies características de ambas as regiões, sendo frequente a presença de Carvalho-negral.
De forma mais concreta a vegetação de carácter oceânico da faixa litoral da Europa Ocidental, está constituída por espécies atlânticas, sendo o seu mais genuíno representante o Carvalho-alvarinho. A maior influência mediterrânica neste subsector faz-se sentir pela presença frequente do Sobreiro.
Outras espécies que caracterizam estes bosques são o Azevinho, o Loureiro, o Pilriteiro, a Pereira-brava e o Amieiro negro.
Como substituição destes bosques, domina a associação Tojo-urzais, entre o nível do mar e os 700-750 m. Entre as espécies que compõem a associação encontram-se distintos tipos de Tojo, Queiró e Urze.
Ocupação Humana
A criação de gado e os frequentes incêndios florestais, condicionam fortemente a expansão da vegetação climática aumentando as áreas de pradaria como consequência do pastoreio extensivo. Por outro lado, a floresta e as áreas de matos convivem com as paisagens agrárias tradicionais que configuram a paisagem.
A região é caracterizada pela densidade populacional distribuída por pequenos aglomerados, em que a agricultura de minifúndio, dos campos fechados, rodeados por muros e sebes, têm um papel preponderante para a estruturação da paisagem.
Trata-se de uma paisagem densamente verde condicionada pelas culturas agrícolas e pela superfície florestal, mantida por solos ricos, um clima húmido e temperado e profundamente marcado por esse escultor que durante séculos veio moldando o relevo – o Homem Rural. É neste cenário que os ecossistemas ribeirinhos do rio Minho e seus afluentes ganham maior preponderância ecológica, como corredores fundamentais para a conservação da natureza.
Fauna Selvagem
A região do Alto Minho, devido à sua diversidade e contrastes, apresenta uma grande riqueza de espécies animais, tanto vertebrados como invertebrados. A elevada diversidade e qualidade de habitats terrestres e aquáticos criam as condições necessárias para a existência de uma elevada biodiversidade, cujo valor é consagrado pela classificação de um vasto território protegido:
Referências: Plano Director das Fortalezas Transfronteiriças no Tramo do Baixo Minho
O território do Alto Minho situa-se na Região Norte de Portugal, limitando a Norte e a Nascente com a Galiza, a Sul com o Distrito de Braga e a Poente com o Oceano Atlântico. Possui uma área de 2 255 km² (sendo o menor – 18.º – distrito português) e uma população residente de 250 390 habitantes (2009).
A região do Alto Minho é constituída pelo território dos seguintes 10 Concelhos: Arcos de Valdevez, Caminha, Melgaço, Monção, Paredes de Coura, Ponte da Barca, Ponte de Lima, Valença, Viana do Castelo e Vila Nova de Cerveira.
Em termos geográficos, o Alto Minho não tem uma equidade regional, pelo que os fortes contrastes naturais condicionaram a capacidade de uso dos solos e, consequentemente, influenciaram as diferentes aptidões dos espaços, pelo que determinaram, a ocupação e distribuição humana. A região é então marcada pela oposição entre relevos elevados que culminam em planaltos descontínuos, e vales profundos mas largos de fundo aplanado.
Os solos dos amplos vales dos rios Minho e Lima caracterizam-se pela elevada espessura e fertilidade, pelo que lhes confere uma grande aptidão agrícola, sendo usados desde tempos remotos para a exploração de uma grande diversidade de culturas agrícolas. Por outro lado, nas zonas mais altas das serras da Peneda, Soajo, Amarela e Arga, bem como no Planalto de Castro Laboreiro, os solos são geralmente delgados e pobres, de fraca aptidão agrícola, frequentemente sujeitos a fortes fenómenos erosivos, pelo que dominam os afloramentos rochosos.
Clima
O clima da região é influenciado pela proximidade do oceano, pela orografia do território e pela ocupação florestal do solo, onde as cadeias montanhosas impedem a penetração das massas de ar húmido, e pela altitude de determinadas zonas que gera situações climáticas mais agrestes. A proximidade oceânica faz com que o clima seja mais temperado.
As frentes atlânticas trazem ar temperado e carregado de humidade e no litoral as temperaturas oscilam entre os 8º-10º no Inverno e os 20º-25ºno Verão.
- o litoral caracterizado por um Verão fresco e um Inverno moderado;
- nos vales dos rios Minho e Lima e nos seus afluentes um Verão quente e um Inverno fresco;
- e nas zonas montanhosas do interior onde o Verão é fresco e o Inverno é frio, ou mesmo, muito frio.
Ocupação Florestal
Grande parte da actual cobertura vegetal é a consequência das plantações com resinosas (Pinheiro-bravo) efectuadas nos princípios do século XX, mediante a implementação do Plano de Povoamento Florestal, o qual veio a contribuir para uma grande alteração da paisagem, bem como dos usos e costumes das comunidades rurais.
A vegetação potencial é da Região Eurosiberiana, dominada por árvores caducifólias mesófilas, como o Carvalho-alvarinho, o Vidoeiro, a Faia e o Freixo. Nas zonas de transição entre esta região e a Mediterrânica, constata-se a presença de espécies características de ambas as regiões, sendo frequente a presença de Carvalho-negral.
Outras espécies que caracterizam estes bosques são o Azevinho, o Loureiro, o Pilriteiro, a Pereira-brava e o Amieiro negro.
Como substituição destes bosques, domina a associação Tojo-urzais, entre o nível do mar e os 700-750 m. Entre as espécies que compõem a associação encontram-se distintos tipos de Tojo, Queiró e Urze.
Ocupação Humana
A região é caracterizada pela densidade populacional distribuída por pequenos aglomerados, em que a agricultura de minifúndio, dos campos fechados, rodeados por muros e sebes, têm um papel preponderante para a estruturação da paisagem.
Trata-se de uma paisagem densamente verde condicionada pelas culturas agrícolas e pela superfície florestal, mantida por solos ricos, um clima húmido e temperado e profundamente marcado por esse escultor que durante séculos veio moldando o relevo – o Homem Rural. É neste cenário que os ecossistemas ribeirinhos do rio Minho e seus afluentes ganham maior preponderância ecológica, como corredores fundamentais para a conservação da natureza. Fauna Selvagem
A região do Alto Minho, devido à sua diversidade e contrastes, apresenta uma grande riqueza de espécies animais, tanto vertebrados como invertebrados. A elevada diversidade e qualidade de habitats terrestres e aquáticos criam as condições necessárias para a existência de uma elevada biodiversidade, cujo valor é consagrado pela classificação de um vasto território protegido:
- Parque Nacional da Peneda – Gerês
- Paisagem Protegida das Lagoas de S. Pedro de Arcos e Bertiandos
- Paisagem Protegida do Corno do Bico
- Sítios da Rede Natura 2000: Serra d’ Arga e Rio Minho
- Duas zonas de Protecção Especial para a avifauna, a Serra do Gerês e os Estuários dos rios Minho e Coura.
Referências: Plano Director das Fortalezas Transfronteiriças no Tramo do Baixo Minho








